sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Do que vive uma nação?

     As palavras são de quem nasceu há 165 anos, o fundador do "Distrito de Évora" (1867) e o conferencista que proclamou o "Realismo como nova expressão da arte" (1871).

     Reencontro-me com o seguinte excerto do seu pensamento:

      "Uma nação vive, próspera, é respeitada, não pelo seu corpo diplomático, não pelo seu aparato de secretarias, não pelas recepções oficiais, não pelos banquetes cerimoniosos de camarilhas: isto nada vale, nada constrói, nada sustenta; isto faz reduzir as comendas e assoalhar o pano das fardas - mais nada. Uma nação vale pelos seus sábios, pelas suas escolas, pelos seus génios, pela sua literatura, pelos seus exploradores científicos, pelos seus artistas. Hoje, a superioridade é de quem mais pensa; antigamente era de quem mais podia: ensaiavam-se então os músculos como já se ensaiam as ideias. "
Eça de Queirós, in "Distrito de Évora"

      Convenhamos que o pensamento é actual (algumas soluções para a contenção da despesa?) e orientador para a formação e a educação (não as do faz de conta nem as das 'novas' oportunidades, por cumprir e apoiadas em aparências) que conjugam o saber com o poder e o saber fazer.

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