segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Quedas...

     Diz-se que 'ter uma queda' por qualquer coisa constitui um razão de interesse ou atração.

     São já antigas as quedas por filmes de 007, agora que estão celebrados os 50 anos do aparecimento do primeiro filme (Dr. No, datado de 1962). O meio centenário cinematográfico revela-se curto para os já quase sessenta anos de aparecimento da personagem Bond... James Bond, criada por Ian Fleming, em 1953, com a novela de bolso intitulada Casino Royale.
     A visão fílmica surge quase dez anos depois, com o herói na pele do ator Sean Connery (seis filmes), seguido de outros representantes como George Lazenby (que só rodou 007 ao Serviço de Sua Majestade), Roger Moore (sete filmes), Timothy Dalton (dois), Pierce Brosnan (quatro).
     Hoje, na figura do ator Daniel Craig (pela terceira vez), o agente secreto 007, do serviço de espionagem britânico do MI-6, mantém o retrato de homem com olhar penetrante, porte atlético e sedutor, com idade estimada entre 33 e 40 anos, apreciador de vodka-martini ("Shaken, not stirred") e exímio atirador (com licença para matar) no combate aos males do mundo. Ao serviço do governo de Sua Majestade, o charme e a elegância fazem-se notar ao estar cercado de beldades (as 'Bond girls').
     O último filme, com o título Skyfall, é mais um para se fazer acompanhar de uma canção que frequentemente se tem torna êxito mundial, seja pela divulgação colada ao filme seja pela seleção de grupos / cantores de renome que também contribuem para o sucesso de bilheteira, na base da banda sonora.


     Desta feita, o nome Adele é o escolhido (numa lista que já conta com interpretações de Shirley Bassey, Carly Simon, Sheena Easton, Paul McCartney, Duran Duran, Tina Turner, A-ha, Madonna, Garbage, Alicia Keys) para interpretar o tema da longa-metragem.


      Uma película que traz também a queda na consciência: depois de tanta tecnologia de ponta, de tanto perigo e artificialismo feito de efeitos cénicos, artísticos e tecnicamente a tocar o inverosímil, nada como voltar ao princípio, num retorno às origens; numa visão romântica do próprio herói e das figuras que o acompanham (M, Q, Monneypenny).

4 comentários:

  1. Efetivamente. esta queda no tempo - uma espécie de regresso ao passsado, a vários níveis - valeu a pena! Como o comprova o tema cantado por Adele no verso "Skyfall is where we start"!

    São vários os passados que assolam o presente da personagem: O passado de M, o passado de Raoul Silva (excelente interpretação - muito latina - de Javier Bardem), o passado do mesmo Bond! E tudo isto, num estilo muito mais próximo dos primeiros Bonds...
    Não deixa, contudo, este skyfall de abrir as portas a um futuro ainda incerto, agora que M nos deixou!Com saudade...

    bjinhos
    IA

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    1. Não tão incerto quanto isso!
      Para Craig são mais dois contratos (dois filmes), o Q passa a ser um jovenzinho com muito para dar e para aprender, o M passa a ser o Ralph Finnes.
      As novidades ficam sempre para o mau da fita e as melhores de todas... as 'bond girls'. E a Monneypenny não é nada de deitar fora!

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  2. Uma bela música. Também gostei do filme. Concordo com o que vocês dizem. A minha "queda" fica, porém, mais à superfície: preferia situações mais verosímeis. Seria impossível sair de situações de tanto perigo sem um arranhão! Por outro lado, se fosse tudo "normal" não haveria assunto nem história!
    Tive pena da morte de M. Significará, talvez, a sua substituição por uma figura feminina mais nova e mais ousada. Para além da sua eficácia, M. não seguirá os padrões habitualmente desejados e seguidos. Veremos se assim será.
    Beijinho
    Dolores

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    1. É verdade!
      O homem tem mesmo o dom de, tal como com a vodka, sair sempre "not stirred". A julgar pelo número de filmes, é melhor do que as sete vidas dos gatos.
      Ficção é certo, e ainda bem, para nos fazer esquecer os problemas da vida.
      Gostei do papel da M (Judi Dench). Pena também pelo final dela - a "Mom" tinha de ser a vítima do excecional mau da fita deste filme. Além disso, o Ralph Fiennes precisava de um contratozito chorudo para os próximos anos.
      Esperemos pelas novas películas.
      Bom domingo.
      Beijinho.

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