quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Lá se vai o verão...

      Custa vê-lo partir, quando ainda se agarra a nós.

      Por mais que seja outono, ainda há a cor, o cheiro e o calor do verão.
      O tempo, contudo, é outro e interessa preparar a despedida.

      
      Por ora, só em novembro se falará de novo no verão (de S. Martinho).
      À falta do cheiro a maresia, ficam o som e a cor de um tempo que se quer regressado:

Vídeo  com os sons e as cores da despedida (VO)

      Tempo de despedida (para um contínuo reencontro das estações).

      Novo ciclo, até que o regresso aconteça.

2 comentários:

  1. Versos espraiados em quinze sílabas métricas!…

    Eu estive lá! Vi com Cesário, ouvi com Pessanha, pressenti Antero e terminei com um provável desejo de Pessoa: uma onda que lhe varresse o pensamento que tanto lhe dói.

    E mais não digo, que corro o risco de me repetir!

    Beijinho e continua a pintar cantando, num perpétuo movimento, a praia, o outono e o verão que nos deixa… a custo.

    IA

    PS: Gostei do pormenor das duas cadeiras desertas, também elas(como o sujeito pético) solitárias, à espera, provavelmente, do próximo verão.

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  2. Quinze, dezasseis, dezassete ou mais ainda!
    Na hora de escrever, não me encontrei conscientemente com os grandes que citas. Nem podia, para quem é tão pequeno e despretensioso na arte (se o for).
    É verdade que o pensamento dói (Pessoa sabia-o; eu sei-o, por outras razões). Na hora, só foi quebrado porque uma onda se espraiou de mais e quase me chegou aos pés.
    Por ora, o sujeito poético já não espera. E o autor, para sua infelicidade, muito menos. Sabe que não vale a pena fazê-lo. O que tiver de ser ou vir que aconteça ou venha e que possa ser aproveitado (pelo que possa vir a ter de bom). E assim o tempo passa...
    Obrigado pela leitura e pelo comentário.
    Poderás ver o produto completo, com filme e tudo, no facebook.
    Beijinho.
    Bom feriado prolongado.
    VO

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