Quinze horas de formação chegam ao fim, depois de duas semanas de encontros.
Pelo menos, a dinâmica conjunta deste grupo terminou. Poderá projetar-se noutras condições, nos locais de trabalho, nas discussões que venham a surgir, nas práticas que se venham a adotar, nas representações a construir.
No final, a reflexão centrou-se no desempenho de um professor num excerto fílmico, um caso em que uma situação de choque, de crise provoca uma mudança - a que marcará um percurso de desenvolvimento quanto à representação que tem dos alunos e à que tem do seu próprio exercício profissional.
O professor aprumado, interessado em ter um emprego, cumprindo rituais e rotinas associados à profissão, pauta a sua conduta por um discurso padronizado, pelo rigor de conduta evidenciado no controlo, pela correção e pela diretividade (acentuada no momento em que se vê obrigado a regular fortemente a interação e a comandar tarefas, de forma muito breve e precisa), numa típica representação de uma fase de sobrevivência. Ainda assim, regista-se o sentido do trabalho de diagnose, a atitude de observação e de avaliação / concessão face ao que não comprometa o essencial nos poderes confrontados, o testemunho de cortesia que se pretende refletida nos alunos, a capacidade de argumentação capaz de desarmar os estudantes e de os colocar numa zona de incerteza face à capacidade de resposta / adaptação às circunstâncias.
No final, reconhece-se o professor que persiste no rigor, na correção, no testemunho educativo, mas com uma representação bem mais orientada para o sentido significativo das aprendizagens; para a declarada oposição à banalidade ou aos preconceitos / efeitos de pigmaleão; para a construção de pontes e identidades com a realidade discente; para a adoção de uma linguagem e um discurso mais fluidos, extensos, naturais, sem que esteja em questão a possibilidade de (sempre) se melhorar.
A representação é outra, associada a uma fase que evidencia sinais de um domínio situacional, para não falar de indicadores de sucesso e de mestria, como os que se prendem com a focalização nos problemas dos alunos e com ajustamentos necessários a uma intervenção orientada para uma componente de integração e inclusão social, na articulação visada com o trabalho de expectativas positivas.
A mudança de um professor (nas representações que assume face ao exercício da sua profissão e nas que constrói relativamente aos alunos) pode marcar a diferença, ainda que muitos outros fatores interfiram nas interações produzidas.
Excertos de um filme dos anos sessenta do século passado, intitulado O Ódio que Gerou o Amor, (1967), dirigido por James Clavell e protagonizado por Sidney Poitier - casos sentidos como verídicos (a que não é estranha a experiência autobiográfica de To Sir, With Love, do professor, diplomata e escritor guianense Edward Ricardo Braithwaite) e que alguns encaram com o seguinte pensamento: qualquer semelhança com a realidade atual pode não ser mera coincidência.
No final, a reflexão centrou-se no desempenho de um professor num excerto fílmico, um caso em que uma situação de choque, de crise provoca uma mudança - a que marcará um percurso de desenvolvimento quanto à representação que tem dos alunos e à que tem do seu próprio exercício profissional.
O professor aprumado, interessado em ter um emprego, cumprindo rituais e rotinas associados à profissão, pauta a sua conduta por um discurso padronizado, pelo rigor de conduta evidenciado no controlo, pela correção e pela diretividade (acentuada no momento em que se vê obrigado a regular fortemente a interação e a comandar tarefas, de forma muito breve e precisa), numa típica representação de uma fase de sobrevivência. Ainda assim, regista-se o sentido do trabalho de diagnose, a atitude de observação e de avaliação / concessão face ao que não comprometa o essencial nos poderes confrontados, o testemunho de cortesia que se pretende refletida nos alunos, a capacidade de argumentação capaz de desarmar os estudantes e de os colocar numa zona de incerteza face à capacidade de resposta / adaptação às circunstâncias.
No final, reconhece-se o professor que persiste no rigor, na correção, no testemunho educativo, mas com uma representação bem mais orientada para o sentido significativo das aprendizagens; para a declarada oposição à banalidade ou aos preconceitos / efeitos de pigmaleão; para a construção de pontes e identidades com a realidade discente; para a adoção de uma linguagem e um discurso mais fluidos, extensos, naturais, sem que esteja em questão a possibilidade de (sempre) se melhorar.
A representação é outra, associada a uma fase que evidencia sinais de um domínio situacional, para não falar de indicadores de sucesso e de mestria, como os que se prendem com a focalização nos problemas dos alunos e com ajustamentos necessários a uma intervenção orientada para uma componente de integração e inclusão social, na articulação visada com o trabalho de expectativas positivas.
A mudança de um professor (nas representações que assume face ao exercício da sua profissão e nas que constrói relativamente aos alunos) pode marcar a diferença, ainda que muitos outros fatores interfiram nas interações produzidas.
Excertos de um filme dos anos sessenta do século passado, intitulado O Ódio que Gerou o Amor, (1967), dirigido por James Clavell e protagonizado por Sidney Poitier - casos sentidos como verídicos (a que não é estranha a experiência autobiográfica de To Sir, With Love, do professor, diplomata e escritor guianense Edward Ricardo Braithwaite) e que alguns encaram com o seguinte pensamento: qualquer semelhança com a realidade atual pode não ser mera coincidência.
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