domingo, 9 de junho de 2013

José Gomes Ferreira e Portugal

      Há cento e treze anos nascia, no Porto, José Gomes Ferreira; há mais de trinta escreveu versos que podiam ter sido hoje criados.

     Diz-se que, no círculo de amigos, o autor de A Memória das palavras - ou o gosto de falar de mim (1965) proferia frequentemente a máxima "Até 2000 ainda espero... Depois desisto". Não chegou a atravessar o século por completo - nascido em 1900, morria em 1985 (a oito de fevereiro) -, ainda que o tenham apelidado de 'Um Homem do tamanho do século' (segundo um documentário televisivo realizado por António Cunha, para a RTP2). 
       Com a capacidade de os poetas verem mais longe a partir do que vivem, talvez José Gomes Ferreira fosse bem para lá do seu século (XX), a julgar pelo que deu a ler na composição transcrita:

Montagem do poema de José Gomes Ferreira com o óleo de Ana Paula Lopes, 
com a imagem do autor (da série "Os Rostos da Escrita")

        Para hoje a lembrança de um homem que viu um país perdido no seio da Europa. No século XX (e podia ser o XXI). Caso para dizer, "Acordai" para a mensagem do poeta.

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