Ultimamente, o adjetivo tem sido objeto de muitas questões: da tipologia às questões de restrição e de sintaxe; agora, regressa-se à expressão do grau.
E assim veio a questão:
Q: Na frase " O bolo está muitíssimo bom", o adjetivo está em que grau?
R: O adjetivo encontra-se no grau superlativo absoluto analítico, ainda que haja intensificação no próprio advérbio que o gradualiza (desta feita por meio do grau superlativo absoluto analítico). O foco da interrogação é, contudo, o adjetivo e a sua variação, pelo que é neste último que se deve atentar.
A configuração sintática do grau superlativo absoluto analítico é tipicamente (ainda que não o seja de forma exclusiva) apresentada pela sequência 'advérbio+adjetivo', independentemente da forma do primeiro termo. Assim, pode ter-se 'muito, muitíssimo, bas- tante, francamente, imensa-mente, extraordinariamente, excecionalmente bom'. Com todos eles se indica o grau elevado, excessivo, intenso para uma propriedade ou carac-terística atribuída a uma entidade (no caso, um bolo).
Há, ainda, outras possibilidades de a língua fazer surgir analiticamente (com mais de uma palavra) a superlativização. É o caso dos mecanismos seguintes:
i) a repetição do próprio adjetivo (ex.: O bolo está bom, bom, bom);
ii) o recurso à repetição do adjetivo combinada com sufixação (ex.: O jogo foi limpinho, limpinho, limpinho);
iii) a utilização de expressões fixas (ex.: Ele é podre de rico, a significar que é muito rico), nomeadamente as que incluem estruturas de significado comparativo (ex. 1: Está uma noite escura como breu - para uma noite muito escura; ex.2: Ela apresentou uma ideia clara como água - para uma ideia muito clara);
iv) o uso particular do artigo definido, acompanhado de uma entoação marcada e enfaticamente prolongada (ex.: Ele é muito trabalhador > Ele é o trabalhador).
Várias formas para tocar analiticamente o limite, o mais alto grau, o que se mostra intenso - seja na polaridade positiva seja na negativa. O excesso fica para quem o quiser assim ver.
Há, ainda, outras possibilidades de a língua fazer surgir analiticamente (com mais de uma palavra) a superlativização. É o caso dos mecanismos seguintes:
i) a repetição do próprio adjetivo (ex.: O bolo está bom, bom, bom);
ii) o recurso à repetição do adjetivo combinada com sufixação (ex.: O jogo foi limpinho, limpinho, limpinho);
iii) a utilização de expressões fixas (ex.: Ele é podre de rico, a significar que é muito rico), nomeadamente as que incluem estruturas de significado comparativo (ex. 1: Está uma noite escura como breu - para uma noite muito escura; ex.2: Ela apresentou uma ideia clara como água - para uma ideia muito clara);
iv) o uso particular do artigo definido, acompanhado de uma entoação marcada e enfaticamente prolongada (ex.: Ele é muito trabalhador > Ele é o trabalhador).
Várias formas para tocar analiticamente o limite, o mais alto grau, o que se mostra intenso - seja na polaridade positiva seja na negativa. O excesso fica para quem o quiser assim ver.
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