Ao longo do Douro, a beleza natural tem a força, a cor e a altura que o tempo e o espaço celebram.
Há um toque de origem, uma pincelada de verdes e de terra, uma geometria aproveitada no relevo e um espelho do céu nesse curso de fluir meandroso à busca de mar.
Fragas de rocha amparam o caudal do rio, alimentando-o com as quedas de água que aqui e ali escorrem, quais lágrimas em contínuo fio de choro, vindo de valas e sulcos altivos.
O Homem respeita, admira esta grandiosidade tão rica quanto o nome que recebe:
Placa de homenagem ao rio, no cais do Peso da Régua (Foto VO)
De ouro ou oiro, é o rio que dá vida à terra, à pedra, à rocha. Valoriza-as, com elas formando liga naturalmente enriquecida, não obstante os pesadelos criados ao pobre humano que nelas e com ele procura sobreviver.
Contornado e entrecortado pelas linhas de relevo que se estendem num horizonte montanhoso oscilante, o céu abriga um pedaço de paraíso que só podia ser considerado Património da Humanidade.
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