Em ondas de revivalismo no rock português, chegaram os Taxi (sem acento, para não se confundir com nenhum meio de transporte).
Na década de oitenta do século passado, um grupo do Porto fazia carreira musical no género do novo rock português, tornando-se o primeiro a obter um disco de ouro nessa onda então por conhecer. Era o álbum "Táxi" a cumprir o feito, mas seria "Cairo" a assumir-se como a pedrada no charco, apresentando-se ao público em formato vinil e numa inovadora capa de lata circular (face aos habituais quadrados em cartão). Três dias foram suficientes para, na lista de vendas, se atingir o disco de prata; nem numa semana, foi conseguido novo ouro.
A formação de João Grande (voz), Henrique Oliveira (guitarra), Rodrigo Freitas (bateria) e Rui Taborda (baixo) conta na sua lista de êxitos com uma balada intitulada "Sozinho", do Long Play "In the twinkling of an eye" (1985).
Nos tempos de adolescência, algo me fazia gostar da melodia; hoje, a letra ganha mais sentido.
SOZINHO
SOZINHO
Ai, como eu queria
Ver anoitecer
Foi mais um dia
Sem chegar a ser
Abro a janela, saio pra rua
Não vejo mais ninguém
Vivo pela noite, sempre correndo
Sentindo que ela vem
Tudo vai e vem sem dar por mim
Tudo vai e vem sem ter um fim
Vou sair, vou andar sozinho
Vou sair, vou dançar sozinho
Eu nao sabia
O que era perder
Vem mais um dia
E eu sem esquecer
A noite é sempre desejável quando os dias não o são ou quando só servem para cumprir calendário.
Momentos, tempos de nostalgia que a música apazigua.
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